domingo, 22 de novembro de 2009

O amanhã é colorido...

Para quem estar preocupado com o tempo, como eu, tem uma canção superlegal que vale a pena ver/ouvir...

...pelo espelho a vida vai passar... e o tempo está no pensamento...

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

o tempo vira pó... pergunte ao pó...

Queria pedir desculpas a todos por não estar atualizando o blog nos últimos tempos. É que eu estou envolvido em uma reportagem sobre o judiciário do estado do Rio. O tempo está um pouco curto para mim... Posso dizer que logo, logo voltarei a escrever... enquanto isso, fiquem com Mário Quintana...

"O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará."

sábado, 7 de novembro de 2009

Realidade virtual

Em alguns casos, a tecnologia conspira a nosso favor... conversei com Humberto Gessinger no twitter... ídolo e fã lado a lado, mesmo que virtualmente...

Na imagem abaixo, ele divulga o link do meu twitter e, em seguida, faz o comentário...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Trinta e três

Não param de me perguntar pelo 33 na camisa do Flamengo...

Bom, talvez seja pela idade que Cristo morreu na cruz... talvez seja pela idade que Pedro Alvarez Cabral foi ao mar... talvez seja pela idade de uma pessoa muito querida que eu perdi... talvez seja pela idade do ídolo em seu período mais produtivo... talvez seja pela idade da razão... mas, sinceramente, não sei...

O wikipédia, no entanto, faz um resumo:

O trinta e três (33) é o número natural que segue o 32 e precede o 34.

É um número composto, que tem os seguintes factores próprios: 1, 3 e 11.
Como a soma dos seus factores é 15 <>número defectivo.
É o décimo
número sortudo.

Outras ocorrências

- Desde a antiguidade o numero 33 vem sendo explorado pelas sociedades secretas.
- O numero refere-se a idade de
Jesus e de Alexandre o Grande
- Na maçonaria refere-se ao grau maximo simbolicamente defendido na marca 33 na graduação de abertura do compasso (instrumento de medição de angulos ) ou em outras situações refere-se ao 66.
-
33 é o nome de um filme.
- É o
número atómico do arsénio (As)
- É o número de vertebras que o ser humano tem ao longo de sua coluna.
- No futebol, corresponde ao número de jogos em que o Clube do Remo ficou sem perder para o seu maior rival (paysandu), tornando-se o maior tabu regional do Brasil, com 20 vitórias e 13 empates, entre 1992 e 1997. Tal fato ficou conhecido como TABU 33 entre os paraenses.

domingo, 1 de novembro de 2009

A ilha não se curva às águas turvas desse mar

O sábado seria perfeito se o destino não me pregasse uma peça: encontrar pela frente dois policiais corruptos. É sério. Pela primeira vez, já com cabelos brancos e meus vividos 30 mil anos, eu fui a vítima. Fui escolhido pelo destino para presenciar a realidade, ao vivo e a cores. Desta vez, eu não estava em cena para obter informações e, em seguida, contar a história. Ao contrário. Parecia uma noite interminável numa cela escura. Aqueles senhores, censores, sem poder de censura, mas armados, fardados e determinados a ganhar dinheiro.

Antes de explicar, um parênteses. Eu deveria ser preso, confesso. É, isso mesmo. Estava preparado. Já imaginava ir para a delegacia. Fui pego numa blitz. Tinha bebido cerveja com os amigos. Fui ver o jogo do Flamengo no Maracanã. Não estava bêbado, mas ciente de que não poderia dirigir. Eu errei. É crime. Sempre condenei. Sempre quis dar o exemplo. Eu sei. Errei e ponto. Nada iria mudar. E, para piorar, vi que a vistoria do meu carro estava atrasada. Mais um motivo. Deveria ser preso, ter o carro e a carteira de habilitação apreendidos, e pagar multa. Ou seja: o sábado perfeito terminaria de vez. E terminou. Só que não da maneira que eu imaginava.

A tortura psicológica daqueles dois imbecis de farda e armados com fuzis, no entanto, só estava começando. Eu, sozinho, ao lado Túnel Santa Bárbara. Havia acabado de pegar o carro no prédio de um amigo para voltar para casa. Fui ao Maracanã de táxi. Não queria dirigir no engarrafamento. Oitenta mil pessoas presenciaram o goleiro Bruno defender dois penaltis. Previ que o entorno do estádio estaria um caos. Quis fugir disso. Peguei um táxi, vi o jogo e voltei. Até que os dois corruptos mandaram eu parar. Obedeci. Parei.

- Boa noite. O senhor pode sair do carro? - disse o policial militar.

- Ok, tudo bem - respondi, desligando o motor e, em seguida, abrindo a porta.

- Abre a mala - ordenou o mesmo policial, sem nada encontrar nada além de jornais velhos, um estepe e o livro sobre a vida de uma atriz pornô americana.

Na verdade, sem me dá conta, era eu quem estava prestes ser penetrado pela vergonha e tortura verbal impostas pela polícia do Rio de Janeiro.

- Documentação - pediu o outro policial, enquanto o outro PM vasculhava meu carro.

Entreguei o documento. Vistoria atrasada. IPVA pago. Habilitação ok. Mesmo assim, eu havia bebido e, a vistoria, estava atrasa. Não tinha jeito. O sábado terminou ali. Voltaria para Nova Iguaçu de ônibus. Só que...

- O senhor está errado. Terá o carro apreendido. Será multado. Como o senhor que eu resolva isso? - perguntou um dos policiais.

- Como assim resolver? - perguntei.

- A gente pode conversar melhor - retruncou ele.

- Como assim conversar? - perguntei novamente.

- Sabe como é, né? O senhor terá muita dor de cabeça. Gastará muito dinheiro, terá de ir para a delegacia e ficará um tempo sem carro. Não tem outro jeito. O que você pode fazer pela gente? - perguntou o outro policial.

- Senhores, admiro o trabalho de vocês. Converso com seus colegas quando estou trabalhando. Sei da situação crítica, sem estrutura, da polícia do Rio de Janeiro. Mas, sinceramente, não sei o que dizer. Nunca passei por isso - desabafei.

- O que o senhor faz? - quis saber os dois imbecis.

- Sou jornalista - respondi.

- Onde trabalha? - perguntaram.

- Jornal O Globo - respondi novamente, desta vez, com medo.

- Hum... Vou fazer contato com o nosso major pelo rádio. Acho que podemos te liberar se o senhor nos der a metade do dinheiro que o senhor gastará com a multa - propôs um dos PMs.

- Não tenho dinheiro. Sou contra tudo isso. Quero apenas voltar para casa - disse a eles.

Os dois PMs foram para um canto e começaram a conversar em voz baixa. Ficaram lá por um tempo, como se estivessem dando um tempo para eu pensar no assunto. Eles voltaram uns 30 minutos depois.

- Tudo bem. Vamos conversar. Cem reais e está tudo certo - pediu um deles.

- Já disse, amigos. Não tenho dinheiro. Por favor, só quero voltar para casa - insisti.

- Tem um banco aqui perto. Vai lá - exigiram os corruptos.

- Já passam das 22h. O caixa eletrônico do banco está fechado. Não tenho dinheiro aqui e não quero compartilhar com isso - disse, tranquilo e com educação.

Os dois me deixaram sozinho de novo. Quando retornaram, pareciam estar desesperados...

- Tá bom, quanto você tem no bolso? - perguntaram os PMs, com a esperança de conseguir algumas moedas.

- Bom, só dois reais. Senhores, nem o meu Riocard está aqui comigo. Estou fodido e mal pago. As pessoas podem viver sem ler jornal, sabia? Jornal não é tão fundamental pra elas. Jornal não serve para nada. Consequentemente, jornalistas, talvez, estejam sofrendo tanto quanto, ou pior, do que a PM do Rio de Janeiro - respondi, tentando convencê-los a desistirem de mim.

Neste momento, temi que eles me levassem para o caixa eletrônico e me roubassem todo o dinheiro que eu guardo na conta graças às árduas horas de trabalho sofrido de um simples repórter.

- Tá bom. Pode ir embora - sentenciou um dos PMs.

- Mas estou completamente irregular e vocês me mandam ir embora? Tudo bem, se é assim. Forte abraço. Deus proteja vocês - disse, despedindo-me logo em seguida.

Moral da história: torço, do fundo do coração, para que a Polícia Militar do Rio de Janeiro seja honesta em sua maioria. Quero acreditar que a polícia esteja ao lado do cidadão de bem...

Como dizia John Lennon: "Você pode dizer que sou um sonhador. Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você junte-se a nós. E o mundo viverá como um só"

abs