terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nos bastidores da notícia

Vou publicar, agora, a íntegra das gravações das entrevistas com os integrantes do PSDB que fizeram parte da minha reportagem. Vamos lá:

José Camilo Zito dos Santos

"É bom deixar bem claro que eu não me escolhi e não serei eu quem irá escolher se o meu nome é melhor. Isso surgiu do partido, eu fico lisonjeado. Entendo que, hoje, a minha responsabilidade maior, o meu desejo, é com a minha cidade. Eu tenho responsabilidade com o meu município. Eu fui eleito (...) Tenho problemas, como educação, saúde, ordem pública... Não vou ser leviano nem irresponsável, num momento desse, para ficar tratando de uma campanha que, na verdade, eu ainda não alcancei o meu objetivo para o que eu fui eleito, que é reerguer a minha cidade. Agora, fico lisonjeado, quanto político, para ser candidato a governador. Eu acho que o governo do estado carece de um grande nome popular, de um nome verdadeiramente que venha enfrentar a marginalidade do Rio de Janeiro e com o aumento da criminalidade e a violência..."

Sobre as divergências no PSDB

"O Márcio Fortes e qualquer um outro tem que entender o seguinte: ou nós temos um político para vencer as eleições e, realmente, resolver os problemas do nosso estado, ou então nós vamos ficar fazendo campanha para eleger presidente da república, só para compor. Sabemos, infelizmente, na minha visão, de homem público e governante, que não é o Gabeira que vão solucionar isso tudo que eu falei. Enquanto eu falo que o Gabeira é um grande político, mas é um grande legislador, e não um grande governante. Não é a praia dele. As ideias dele são outras. É defender a lei da maconha. Enfim, essas coisas que, para mim, é improdutiva para o estado. Quando falo que o Gabeira não tem cheiro do povo, não é para diminuí-lo. Falo no sentido genérico de um grande governante que irá trabalhar para resolver e encarar os problemas do Rio de Janeiro. O povo já está cansado de promessas de políticos que não resolvem os problemas. Queroi dizer que o meu nome não vai ser para eleger presidente da república. Meu nome para resolver os problemas do estado do Rio de Janeiro. Não estou forçando barra para ser candidato. Não é esse o meu objetivo de largar meu município para ser candidato. Eu tenho responsabilidade".


Márcio Fortes

"Nosso melhor candidato é o Gabeira. Ele concilia todos os partidos, já foi testado na última eleição (em 2008, para prefitura do Rio). É um político único. Tem uma boa empatia conosco e vai ser muito bom para o nosso projeto".

Sobre Gabeira apoiar Marina no primeiro e, Serra, no segundo turno

"Isso se a Marina não for para o segundo turno. Veja bem: essas especulações são muito antecipadas. Nada disso é para ontem ou para amanhã. Temos muito tempo. Mas estamos juntos com Gabeira, pronto, acabou".

Sobre PSDB/2010

"Estamos construindo uma coisa madura. Data/calendário é para quem quer mudar de partido ou domicílio eleitoral. Tem quem que ficar preocupado é o Ciro Gomes, que não sabe se vai para São Paulo ou se fica no Ceará. Nós, não. Temos tempo. Vamos esperar. O Gabeira é a nossa opção. Tem outros partidos alinhados".


Sobre candidatura própria do PSDB de Luiz Paulo Correa da Rocha

"Ele não é a favor a candidatura própria e a candidatura dos outros. Ele é, rigorosamente, o mesmo que eu. Estamos construindo o melhor. Existe a candidatura do Gabeira a nossa disposição. Há uma construção e não uma decisão".

Sobre Zito

"Essa possibilidade existe. Se o Gabeira não for candidato, há essa possibilidade. Agora, não há possibilidade ... porque o Zito está exercendo um mandato de prefeito. (...) Estamos construindo uma candidatura de oposição ao Lula e ao governo do estado. Estamos especulando o que é melhor. Existe o Gabeira, existe o Zito. Não temos pressa, que é desnecessária. Se é Zito, se é Gabeira, se é outro, nós vamos ver ao longo do tempo com uma construção política".


Luiz Paulo Correa da Rocha

"Não existe briga. Estão fazendo um romance imenso. Na última reunião, não decidimos nada. Preferimos aguardar outro momento. Abrimos uma série de conversas, que estão longe de ser encerradas. A nossa coligação tem quatro partidos. Cada um tem um ponto de vista. Temos um problema difícil, que é a história dos dois palanques"

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